26 de Dezembro, 2013
O Hospital de Santa Maria, no Porto, realizou hoje uma técnica cirúrgica pioneira, ao nível da prega do cotovelo, que visa reduzir as dores pós operatórias e acelerar a recuperação do paciente.A técnica, desenvolvida pelo cirurgião ortopedista Dinis Carmo para tratar complicações a nível do túnel cubital, foi utilizada hoje, com sucesso, numa paciente de 58 anos.
O cirurgião, autor desta técnica cirúrgica e inventor do conjunto de instrumentos que permitem a sua aplicação, explicou as vantagens face às técnicas convencionais utilizadas para tratar a mesma patologia, admitindo que "este tipo de cirurgia, por dispensar o uso de equipamento sofisticado, poderá ser praticada em larga escala".
"O facto de ser uma cirurgia guiada, através de uma incisão de apenas 1 ou 2 cm, é uma clara mais-valia para o bem-estar do paciente pois, desta forma, evitam-se as dores pós-operatórias resultantes de incisões de dimensões apreciáveis e acelera-se a sua recuperação", explicou o Dinis Carmo.
A compressão nervosa do nervo cubital é, segundo o cirurgião ortopedista, uma patologia que afecta preferencialmente pessoas que passam muito tempo com o cotovelo flectido e a mão em extensão (a típica posição que o braço assume quando se fala ao telemóvel), com o cotovelo flectido e apoiado sobre uma superfície dura, como o tampo de uma secretária, ou pessoas que lidam, no seu dia-a-dia, com instrumentos vibratórios, como um martelo pneumático.
"A compressão do nervo cubital, um dos dois nervos mais importantes para a função da mão, afecta sobretudo a sensibilidade dos dedos mindinho e anelar, bem como de pequenos músculos intrínsecos da mão, levando a uma perda da sensibilidade e de destreza", explicou ainda.
Inicialmente, a técnica cirúrgica desenvolvida por Dinis Carmo foi pensada para tratar o Síndrome do Túnel do Carpo (STC), uma patologia da mão que afeta cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo senhoras a partir dos 35 anos de idade, e que se caracteriza por fortes dores, formigueiros e adormecimentos nocturnos a nível do punho, mãos e dedos.
Após operar, com uma taxa de sucesso muito próxima dos 100 por cento, mais de 180 pacientes portugueses ao STC, o cirurgião ortopedista concluiu que, quer a técnica cirúrgica, quer os instrumentos cirúrgicos por si inventados, também se adaptam perfeitamente aos casos de compressão do nervo cubital.
"Embora se trate de uma neuropatia compressiva distinta, comprova-se agora que o seu tratamento é possível com recurso à mesma técnica e aos mesmos instrumentos cirúrgicos que já vinha a utilizar para tratar o STC. Aliás, a paciente operada esta manhã não só foi a primeira a beneficiar desta técnica cirúrgica para operar o túnel cubital, como creio que terá também sido a primeira a ser operada, em simultâneo, aos dois túneis cubitais e aos dois túneis cárpicos", revelou ainda Dinis Carmo.
Lusa/SOL
O cirurgião, autor desta técnica cirúrgica e inventor do conjunto de instrumentos que permitem a sua aplicação, explicou as vantagens face às técnicas convencionais utilizadas para tratar a mesma patologia, admitindo que "este tipo de cirurgia, por dispensar o uso de equipamento sofisticado, poderá ser praticada em larga escala".
"O facto de ser uma cirurgia guiada, através de uma incisão de apenas 1 ou 2 cm, é uma clara mais-valia para o bem-estar do paciente pois, desta forma, evitam-se as dores pós-operatórias resultantes de incisões de dimensões apreciáveis e acelera-se a sua recuperação", explicou o Dinis Carmo.
A compressão nervosa do nervo cubital é, segundo o cirurgião ortopedista, uma patologia que afecta preferencialmente pessoas que passam muito tempo com o cotovelo flectido e a mão em extensão (a típica posição que o braço assume quando se fala ao telemóvel), com o cotovelo flectido e apoiado sobre uma superfície dura, como o tampo de uma secretária, ou pessoas que lidam, no seu dia-a-dia, com instrumentos vibratórios, como um martelo pneumático.
"A compressão do nervo cubital, um dos dois nervos mais importantes para a função da mão, afecta sobretudo a sensibilidade dos dedos mindinho e anelar, bem como de pequenos músculos intrínsecos da mão, levando a uma perda da sensibilidade e de destreza", explicou ainda.
Inicialmente, a técnica cirúrgica desenvolvida por Dinis Carmo foi pensada para tratar o Síndrome do Túnel do Carpo (STC), uma patologia da mão que afeta cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo senhoras a partir dos 35 anos de idade, e que se caracteriza por fortes dores, formigueiros e adormecimentos nocturnos a nível do punho, mãos e dedos.
Após operar, com uma taxa de sucesso muito próxima dos 100 por cento, mais de 180 pacientes portugueses ao STC, o cirurgião ortopedista concluiu que, quer a técnica cirúrgica, quer os instrumentos cirúrgicos por si inventados, também se adaptam perfeitamente aos casos de compressão do nervo cubital.
"Embora se trate de uma neuropatia compressiva distinta, comprova-se agora que o seu tratamento é possível com recurso à mesma técnica e aos mesmos instrumentos cirúrgicos que já vinha a utilizar para tratar o STC. Aliás, a paciente operada esta manhã não só foi a primeira a beneficiar desta técnica cirúrgica para operar o túnel cubital, como creio que terá também sido a primeira a ser operada, em simultâneo, aos dois túneis cubitais e aos dois túneis cárpicos", revelou ainda Dinis Carmo.
Lusa/SOL
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