segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sonda que detecta Staphylococcus aureus

Estudo publicado na revista “Nature Medicine”

Investigadores americanos desenvolveram uma sonda química não invasiva que deteta uma das bactérias hospitalares mais comuns, o Staphylococcus aureus, dá conta um estudo publicado na revista “Nature Medicine”.
“Conseguimos detetar o Staphylococcus de uma forma mais rápida que os métodos atuais. Este novo método baseia-se no ajuste de uma tecnologia antiga, o qual permitiu obter uma sonda mais específica e de maior durabilidade”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, James McNamara.
O Staphylococcus aureus é uma bactéria habitualmente encontrada na população, que pode causar infeções da pele, que posteriormente se podem disseminar para as articulações e ossos. Esta pode ser fatal particularmente para os indivíduos que têm um sistema imunológico mais enfraquecido.
Este é um microrganismo considerado problemático, uma vez que a sua presença só pode ser detetada através da realização de uma biopsia cujos resultados levam alguns dias até serem obtidos.
Neste estudo os investigadores da Universidade de Iowa, nos EUA, desenvolveram uma sonda com duas características únicas. Numa das extremidades tem uma molécula que emite luz em determinadas condições e na outra extremidade tem outra molécula que bloqueia a luz.
Os investigadores explicaram que um tipo de enzimas produzidas pela bactéria, as nucleases, clivam a sonda separando a molécula emissora de luz da que a bloqueia. Assim, com os equipamentos adequados os médicos podem visualizar a molécula emissora de luz e detetar a sua presença.
“Desenhamos um sistema de vigilância que é capaz de identificar a bactéria no organismo em menos de uma hora”, explicou o primeiro autor do estudo, Frank Hernandez.
Esta sonda foi também quimicamente modificada para que apenas fosse sensível às enzimas produzidas por esta bactéria e não às secretadas pelas células saudáveis. Posteriormente os investigadores testaram a sonda em ratinhos e em soro humano tendo verificado que esta funcionou, tal como era esperado.
“Esta é a ideia central desta ferramenta. Caso a sonda fosse clivada pelas nucleases presentes no soro, a sonda iluminaria toda a corrente sanguínea. No entanto, como apenas é alvo das nucleases da bactéria, podemos detetar a sua presença”, conclui o investigador.

Fonte : ALERT Life Sciences Computing, S.A.
Artigo retirado de www.portalenf.com

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