“O Ser Humano, quando afectado por uma enfermidade,
torna-se vulnerável, razão pela qual merece ser olhado com muito respeito. É um
doente, e não uma máquina a ser reparada ou um objecto a ser
reconstituído”
“Ele (Ser Humano) está
circunstancialmente afectado pela doença, ameaçado,
às vezes de invalidez e morte. Isto faz surgir um sentimento de insegurança,
solidão, medo e desamparo, levando-o a procurar na Equipa de Saúde não apenas a
sua cura, mas também segurança, afecto e
solidariedade.”
(Silva e Nakata, 2005)
Cirurgia=Desconhecido=Ameaça
-…de morte
-…de perda de capacidades
-…de perda de funções
(Ex: de papel parental)
-…de perda de controlo
-…de perda de capacidade
de sustento
-…de dor
Cirurgia= Ansiedade
A forma como cada um
encara uma cirurgia depende de inúmeros factores:
-Do tipo de doença
/cirurgia
-De experiências prévias
(próprias, de familiares ou conhecidos)
-Do estado físico do
doente (co-morbilidades, medicação habitual…)
-Do estado psicológico e
mental do doente (ansiedade, depressão, fobias, psicoses..)
-Da idade
-Das expectativas /
esperanças em relação à cirurgia
-Das características sócio-económicas e culturais do doente /
família
-Do conhecimento relativo
ao momento pré e peri-operatório
É, então, fulcral…a relação do doente / família com a Equipa de Saúde!
Assim, não basta seguir
protocolos. Deve haver equilíbrio entre as rotinas inerentes a cada serviço e a
cada cirurgia e a individualidade de cada pessoa que vai ser operada.
Cuidados de enfermagem
comuns:
-Medicação pré-anestésica
-Anamnese (incluindo alergias)
-Avaliação de sinais
vitais
-Tricotomia
-Banho
-Remoção de próteses e ortoteses
-Remoção de verniz
-Remoção de jóias
-Retirada de roupa
interior / utilização de bata cirúrgica
-Jejum
-Preparação GI
-Colocação de cateteres
(acesso venoso, algália, SNG…)
-Transporte até
ao BO
“É imprescindível
associar, ao exercício profissional, a tecnologia e o conhecimento da
personalidade do paciente, mantendo a assistência digna a quem tem sentimentos
e racionalidade, e não a um amontoado de sinais, sintomas e reacções.” (Zen e Brutscher, 1986)
“Para que consigamos
humanizar o atendimento de enfermagem, é preciso que a equipa seja
consciencializada e preparada para fazer a diferença no cuidado, passando a
entender o paciente de forma humana.”
(Bedin, Ribeiro e Barreto,
2005)
“Um bom relacionamento
entre enfermeiro e paciente reduz o impacto da cirurgia e as possibilidades de
complicações, além de promover uma adaptação mais rápida…” (Teixeira, 1994)
Sistematização da
Assistência de Enfermagem Peri-operatória (Brasil, 2000)
-Não é considerada um
protocolo ou norma, mas uma forma de atendimento integral e individualizado ao
doente cirúrgico
-5 etapas:
-Identificação do doente
e colheita de dados
-Visita pré-operatória
-Implementação dos
cuidados de enfermagem durante o acto cirúrgico
-Implementação dos
cuidados de enfermagem na unidade de recuperação pós-anestésica
-Visita pós-operatória
Simples de aplicar,
adapta-se às necessidades de cada indivíduo, direcciona a prática
Aproxima enfermeiro,
doente e família
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